segunda-feira, 30 de junho de 2008

O Pequenino - Littleman (2006)

Cara, a família Waynans - Marlon, Damon, Shawn, Kim e Keenen Ivory - sabe fazer umas piadas de bate pronto ao vivo, têm boas participações em seriados de TV, apresenta algumas premiações da MTV e tal, mas, convenhamos, como roteiristas e produtores eles são uma bosta, salvo raras as exceções. Lembro até hoje de As Branquelas, um filme com uma idéia bacana, surreal de tão bizarro (e vice-versa). Ao menos tinha um senso de humor quase que indiscútivel, um desfecho simples e intuitivo, B-L-O-C-K-B-U-S-T-E-R com todas as letras. Neste, O Pequenino, Marlon Waynans (provavelmente o mais famoso da trupe) é um anão criminoso (!!) que acaba de sair da prisão e se faz passar por um bebê para pegar de volta um diamante roubado, na casa de Darryl, interpretado pelo irmão Shawn Waynans. As piadas são tão manjadas que você sabe como vai terminar a cena antes do fim. Na hora e meia que transcorre a história, você não consegue rir em uma cena inteira, porque além de tosco, é cansativo demais. Nada contra a família, até gosto de Pânico I e II, o problema é que o filme não tem graça nenhuma. Talvez a melhor parte seja a curta participação de Rob Schneider (Gigolô europeu por acidente/Click) no papel de um deprimente animador de festas infantis. Com um comentário final, o humor da família Waynans está ficando cada vez mais levinho e infanto-juvenil. Recomendado para assistir com filhos, priminhos e outras crianças entre 10 e 13 anos.

sábado, 28 de junho de 2008

Ligados Pelo Crime - The Air I Breathe (2007)

Mais alucinógeno do que qualquer droga que você tiver conhecimento, mais giratório do que sua cabeça em dia de ressaca, mais criminalista que uma letra do Racionais. Sem mais comparações bizarras, Ligados Pelo Crime é um longa com quatro histórias de pessoas comuns com destinos chocantes. Dizem as más críticas que o filme se baseia num provérbio chinês sobre o qual a vida está dividida em quatro pedras que representam as principais emoções humanas. Eu concordo, mas só para tornar a trama mais lisérgica do que ela já aparenta ser. Lembra quando você viu Matrix pela segunda vez e nem tinha reparado naquele pedacinho? Este é um dos que se você assistir mais de duas vezes vai ver que as histórias se entrelaçam de formas que você nem imaginava. E vai saber que quando se come muita pipoca ela vai ficando cada vez menos salgada. Andy Garcia é o chefão do crime organizado, normal. Forest Whitaker faz o papel de um homem de negócios preso à vida comum, gagueja, usa óculos, normal. Brendan Fraser tem a voz mais grossa do mundo e faz um criminoso mó esquisitão, normal. Julie Delpy é uma popstar linda e desencanada, normal. Apesar de toda essa normalidade em cima desse ótimo elenco, é um dos roteiros policiais mais legais que assisti ultimamente.

Eu os declaro marido... & Larry! - I pronunce you Chuck... & Larry (2007)

Mais um daqueles filmes daquela linha que só passam na Globo com aqueles dubladores legais do Adam Sandler. Eles podem até desmentir e tudo mais, mas fica bastante claro que o própósito incial do filme não foi ser uma simples comédia. Dá uma olhada por cima no elenco: Adam Sandler, Kevin James, Jessica Biel, Dan Aykroyd, Ving Rhames e Steve Buscemi. Lembro de pelo menos 2 filmes bons que cada um deles fez, com exceção de Meu Primeiro Amor 2 (I am sorry, Dan!), óbvio. A história se concentra em um bombeiro que decide burlar a lei de seguro de vida norte-americana para beneficiar seus filhos. Para isso, ele precisa se casar (?) com seu melhor amigo. O filme trata de homofobia e preconceito ligado a homossexuais. Uma comédia dramática e política. Soa estranho sim, mas acaba sendo engraçada e original como nunca vi antes. O filme traz várias lições de moral do tipo "por que você não deixa os gays em paz?" e em 20 anos deve se tornar um clássico para a comunidade GLBT. Recomendo os extras. O trecho em que todo o elenco se levanta para reverenciar Dan Aykroyd é excelente, além de muito emocionante. Claro que não o fizeram por sua atuação em Meu Primeiro Amor 2, mas fica aí nossa dica.

O Vidente - Next (2007)

Quando você pega o DVD e olha a arte da capa fica a clara impressão de que você vai ver mais um filme de ação legalzinho e previsível. Então você lê: Nicolas Cage. Não me nego a assistir nenhum filme desse cara. NUNCA! Acho que não existe quem não tenha sido fã dele ao menos uma vez na vida. Dramático, eu? Blah! os outros nomes na capa são de Julianne Moore (As Horas/Os Esquecidos) e Jessica Biel, recente mina/noiva do Justin Timberlake que fez parte do elenco de Eu os Declaro Marido e... Larry. Um mágico com o dom de prever o que vai acontecer em seu futuro é procurado pelo FBI para tentar impedir um ataque terrorista. Entretanto, ele não quer ser cobaia da Polícia Federal e foge. Ao mesmo tempo, é procurado pelos terroristas que não o querem vivo para estragar os planos. O filme não foge do clichê "Oh, minha namorada está na mão dos bandidos, uuuhhh, e agora?!", mas dessa vez não existe só uma chance de salvá-la. Surpreende muito pois tem um daqueles roteiros giratórios que deixam sua cabeça em transe. Os papéis são muito bem executados, com ressalvas a Jessica Biel, que apesar de obter um papel chave na trama, não atua muitas vezes. O longa não acrescenta muito, mas filmes de ação não devem querer acrescentar muito na vida de ninguém. Em cartaz no Supercine em alguns anos, certeza.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Na Natureza Selvagem - Into The Wild (2007)

Preciso confessar: Tenho uma certa queda por filmes baseados em histórias reais. Na Natureza Selvagem não é um filme pop, afinal, um protagonista que lê Jack London, Tolstoi e Thoreau não pode ser classificado assim. Christopher McCandless é um aluno exemplar, consegue notas altas para estudar direito em Harvard. Doa todos os seus U$ 24 mil economizados para a caridade, coloca uma mochila nas costas e sai pelo mundo, abandonando seu sossego, sua identidade, uma possível carreira de sucesso e uma vida de segurança financeira. Sem entender, sua família já antes despedaçada, sofre. O filme tem base no livro de Jon Krakauer, sobre a vida real do garoto que aos 22 anos deixou de lado as prerrogativas sociais que dizem que o ser humano precisa de riquezas acumuladas para viver bem. Em sua aventura, ele conhece personagens mais reais do que o convencional, nada de assassinos, ladrões, pilantras. O único conflito que tive com o filme é que, por ser um pouco introspectivo demais, você acaba dormindo no meio. Comigo aconteceu duas vezes, também pela trilha sonora folk emocionante com canções primeiro trabalho solo de Eddie Vedder, que leva o nome do livro/filme. Mais magro que uma modelo anêmica da Etiópia, mais rodado que a linha 6451 Terminal Bandeira Via Marginal, ele é Supertramp! Segundo a crítica, o melhor filme com direção de Sean Penn. Assista.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

O Guia do Mochileiro das Galáxias - The Hitchhiker's Guide to Galaxy (2006)

Arthur Dent é um cara que não entende nada do que acontece mundo em que vive. Então, em um belo dia, o mundo em que ele vive acaba. Daí ele foge do planeta com seu melhor amigo Ford Prefect que, pasmem, é um extra-terrestre! Roteiro mais alucinógeno impossível. É divertido pra quem leu os livros da série e tudo mais, porém, quem não conhece a história acaba desligando o DVD e resmungando algo parecido com: "que filme mais babaca". Eles viajam numa nave com Zaphod Beeblerox, uma espécie de rockstar com Príncipe Charles, Trillian uma garota da Terra que, ao encontrar Z.B. numa festa, decidiu viajar com ele pelo hiperespaço e Marvin, um robô depressivo. O filme é cheio de personagens diferentes entre si e ao mesmo tempo muito interessantes separadamente. Dizem ainda que este é o primeiro longa em que Mos Def faz um bom papel e começa a concorrer com Martin Lawrence no Concurso do Contra Indicações: Quem Será o novo Eddie Murphy? A parte final acho que foi feita um dia antes do lançamento de tão embrulhada que está. Sessão da Tarde em três anos. Ou menos. Só recomendo o filme para quem curte teorias absurdas e pouco intelectuais sobre a existência. Mas o livro eu indico sempre. Afinal, se até o Lair Ribeiro pode te ensinar alguma coisa, o que uma comédia inglesa não pode fazer por você?

quarta-feira, 25 de junho de 2008

A Vila - The Village (2004)

Sabe quando você vai num camelô e encontra aquele disco dos Beatles raríssimo por um real e ao chegar em casa pra ouvir descobre que é o cd do É o Tchan? Essa foi a mesma sensação que tive depois que assisti A Vila. A capa e o trailer me remetiam a algo macabro, demoníaco, "vou dormir com a porta trancada esta noite", enfim. E pelo menos até a metade do filme fazia valer a prateleira de suspense em que o encontrei... A quem estou enganando? Só pego filmes emprestados. Bom, pelo menos, quando você, amigo leitor, for a uma locadora já sabe em que seção encontrar. Vamos aos fatos. Só tem ator fodão. Joaquin Fenix, o eterno Johnny Cash, Adrien Brody, o eterno Pianista e Bryce Dallas Howard, a eterna... Bem, segundo a Wikipédia, a eterna amiga próxima de Natalie Portman (V de Vingança/Closer) e do (ui!) Jake Gyllenhaal (Brokenback Mountain). "Aqueles que não mencionamos" são os monstros assustadores que assombram uma Vila sem contato com o resto do mundo. Eles moram dentro da floresta, na escuridão e são atraídos pela má cor, o vermelho. Lucius é um rapaz corajoso que quer atravessar a floresta e ir até as cidades. Nesse meio tempo se apaixona por Ivy, a filha cega do diretor do conselho de anciãos. Já deu pra saber que tem história de amor no meio. Portanto, se você quer assistir um filme de Terror/Suspense, acredite, qualquer edição de Sexta-feira 13 tá valendo mais que esse aí.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Atrás das Grades - Steel City (2006)

É um filme maldito. Desses, de mau gosto mesmo. Peguei um domingo frio para assistir, talvez tenha sido a opção menos desastrosa. Carl Lee é pai de dois jovens perdidões no mundo. O mais novo deles, PJ, mora sozinho na casa que era de seus pais, trabalha para um mexicano em um restaurante local, não paga contas e muito menos arruma a cozinha. O mais velho, Bem, já era pai, porém traía sua esposa com uma garçonete, já que a mulher havia feito cesariana, o que acabou traumatizando o fulano. Sobre sua mãe, ela abandonou a família para viver outro amor, mas ainda assim, ajudava seus filhos quando podia. Há ainda dois personagens bem interpretados, o tio Vic e a garçonete, cujo nome me falha na memória. Enredo meia boca, muitas vezes lembra um trailer, por conta das cenas cortadas. É uma história de vida de um povo que só se fode. E quando eles começam a achar que tudo vai melhorar, eles se fodem de novo. E de novo. Como diria um amigo, “os manos têm uma nuvem preta na cabeça”. Vale a pena se você quiser perder uma hora e meia com um blockbuster neurótico, dramático e pouco divertido. Talvez se fizessem sentido os contrastes em amarelo que aparecem a todo momento durante a trama, a obra concorreria a ser um dedinho mindinho mais interessante.

O Albergue parte II - Hostel part. II (2007)

Adorei o primeiro filme. Olhos pendurados, sangue de ketchup com tinta guache, furadeiras cortando peles, cabeças destruídas, aquilo que um filme de tortura promete. Uma história que te deixa com medo de fazer viagens para lugares estranhos, um filme que realmente altera um pedacinho da sua vida. Agora este segundo filme entrou para a prateleira dos filmes de horror mais imbecis da história. Assisti por respeito ao primeiro, mesmo com todo mundo me dizendo pra não fazer isso. O começo com cenas do ator do Hostel part I são boas. De resto é repetição e enrolação. Três estudantes de arte norte-americanas numa excursão que acaba com as três amarradas na cadeira de mutilação. O que o diretor Eli Roth errou foi em deixar uma delas ser ricaça. O roteiro em si é muito confuso. O cara bonzinho se transforma num cara mau, que volta a ser bonzinho, pensa bem e quando quer ser mau de novo arrancam o saco dele. O outro é mau, ou diz que é. Chega na hora, se atrapalha, fode a vida de uma mina e depois serve de ração para cães. Só assistindo para entender a patifaria. Um filme de milionário assassino para milionário assassino. Tortura mesmo é passar duas horas com essa tragédia que chamam de rolo de filme.

Beowulf - Beowulf (2007)

Se a Sessão da Tarde fosse transmitida só no Complexo do Alemão, a versão nacional do filme se chamaria Tu num era o Fodão!? Começa de maneira bem interessante, uma festa no reino, interrompida por uma chacina comandada por um monstro. O desenrolar é épico, chato até se acostumar, mas você consegue. Beowulf chega na cidade, mata o monstro Grendel e volta na caverna para matar a mãe do bicho, que ainda assola o povoado. Entra com a espada e fode com a monstra! Literalmente. Volta à cidade e conclama a morte da besta. Entretanto, poucos sabem sobre a maldição que cerca esta sua façanha. Po, não vou contar, pega lá e assiste. Meio previsível, mas como tem uns vikings no roteiro, eu recomendo. Pra quem gosta de heróis de meia-tigela, que tem o porte físico do Rambo, cara de lutadores de Jiu-Jitsu e mentalidade do Austin Powers. Nada de "Salve, Beowulf, o mais bravo dos bravos!", balela, ele quer mesmo é comer umas donzelas, tomar uns vinhos, limpar uma sujeira aqui, outra ali e coçar o saco sentado no trono. Sim, ele vira rei. Ops...

O Caçador de Pipas - The Kite Runner (2007)

Chororô! Pegue já sua caixa de lenços um ombro amigo, serão duas horas de fragilidade emocional em sua vida. No fundo, o longa trata de uma causa bacana, fala sobre aquela metade Sin City, metade casa de tortura chamada Afeganistão. No DVD que peguei, vinha um comunicado no começo, alertando sobre o que acontece no país e como ajudar através da internet. Bem, pode deixar que você dá um jeito de ser cretino e se esquecer de pegar o endereço do site. Na história, Amyr é o safado. Foge ao ver seu melhor amigo, Hassan, ser violentado e estuprado por garotos maiores. Afastados pelo destino (ou pelas astúcias de um garoto mimado), Hassan e Amyr acabam tendo destinos diferentes. Enquanto um se forma numa faculdade norte-americana, o outro morre num fuzilamento em frente de sua família. Oito ou 80. Então Amyr tenta fazer algo de bom para o amigo, mas talvez já seja tarde demais. Putz, daí pra frente esquece. Você vai chorar mais do que se estivesse descascando cebolas com o cu pregado e uma vontade irremediável de cagar. Roteiro com várias cenas de integridade, de honra, aquela coisa que faz os pêlos do braço arrepiarem. Dizem que o livro é mais bacana, mas como sempre dizem isso e eu nunca leio os livros "super demais" que estão nos 10 mais da Veja, não posso confirmar. Aconselho pegar o mais marrudo dos seus amigos e colocá-lo em frente à TV. Dá um saco de pipocas e umas cervejas e depois assiste ele se derreter todo.

Enjaulados - Learning Curve (1998)

Na mesma prateleira dos Non-sense educativos em que estão Trainspotting e Edukators. Pra você que gosta, beleza, mas, pra mim, o personagem principal dormindo sobre a pizza que comeu durante uma madrugada regada a uma possível programação do canal playboy estava soando deprimente. Dei um ponto, a professorinha coadjuvante até que não era das piores moças de Hollywood! Continuei vendo até o trecho em que, puto da vida, disse para mim mesmo: Não tem jeito desse filme ficar melhor. E, como que por encanto, ficou. Wansley, o professor, prendeu sete de seus alunos mais atentados em uma jaula gigante, onde eles têm de estudar. Uma detenção Macabra, mas funcional. A cerca é elétrica, o que os impede de tentar fugir. Educação Nazista, foi o que me veio à cabeça. É dessas histórias que você não pode pensar muito a fundo, senão estraga. Como um professor tem um ônibus escolar é a pergunta que fica no ar, mas a gente esquece depois que a galera adormece na excursão e o fulano dá o primeiro sorriso macabro da trama. É bem menos suspense e psicopata do que aparenta. Indicado para professores que já perderam quase todas as esperanças no ensino público.

Desbravadores - Pathfinder (2007)

Até que gostei. Sabe, quando a história tem aquele negócio de moral, de costumes do povo, caráter e tudo mais, até que me anima a assistir inteiro. Ainda mais sobre índios e vikings. Ainda mais sobre índios que fumam cachimbos e vão dormir ou vikings que usam capacetes de caveira com chifres. Desbravadores é a história de um menino Viking deserdado pelo seu povo e criado por índios. 15 anos depois disso, os Vikings retornam e matam todo o povo com quem o menino cresceu. Ele vê a matança de longe e corre em direção à aldeia, mas quando chega, assiste ao holocausto. Mata daqui, corta pescoço acolá, ele quer vingança ao passo que os caveiras chifrudas só querem sua cabeça. Nesse meio tempo, ele se apaixona pela filha do 'cara fodão' (pajé, guia, ou coisa que o valha) de outro povoado e a trama escoa nisso. É bem inteligente a forma que o roteiro flui e bastante prodigiosa. A capa do DVD parece meio Angus, aquele carinha 'super demais' do livro nacional mais adorado pelos fãs de RPG e Cosplay em geral. Claro que não podia faltar o manual de sobrevivência 'Como cair de costas no meio de uma lança e ser salvo depois com um simples puxão', mas tá valendo, o enredo é bom, a japinha é boa e é sem dúvida um forte candidato ao 'Sessão da Tarde Awards' 2010.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

O Invisível (2007)

Este daí dá trabalho de assistir, mas é bom. Nick é um nerd daqueles que dá gosto de ver, dos que ganham uma grana vendendo trabalhos prontos para outros alunos que, em geral, não são seus amigos. Resolve viajar e conta apenas ao seu amigo mais imbecil - geralmente, os mais próximos - Toma uma surra sem saber o porquê e é dado como morto, com seu corpo jogado num esgoto. Pela manhã, acorda e sai andando. Como assim? Sim, amigo, ele está preso entre o mundo dos vivos e dos mortos, mas de alguma forma, sabe que precisa salvar a sua vida. Se eu contar mais, jogo açúcar na pipoca. O fato é que a Margarita Levieva faz um papel mal-encarado e mesmo assim está linda, portanto vale a pena pelas cenas em que ela solta o cabelo, dança, ou dá uma de menininha perdida no 'mundão'. O final lembra o não menos bonitinho e trágico O Caçador de Pipas, em breve aqui nas resenhas mais absurdas deste planeta. Ah sim, antes que me perguntem que fez essa bizarrice em forma de rolo de filme, o drama-thriller foi criado pelo mesmo estúdio de 'O Sexto Sentido'. Ô povo pra gostar de ver gente morta!

Trinta Dias de Noite - Thirty Days of Night (2007)

30 dias de noite, olha o nome dessa porra! Tipo, 'Hard Days Night', que na verdade dia não tem, é uma escuridão só. É sobre vampiros, já deu pra imaginar? OK, desta vez o Lestat vem mais brutal e sanguinolento, mas convenhamos, se um vampiro não for mais ou menos sanguinolento, é melhor fazer um longa sobre chupa-cabras que dá mais ibope. Num-vem-que-não-tem, mas o filme não convenceu não. Uma cidade tomada por seres que se não fossem vampiros, seriam bons candidatos a vocalistas de bandas de Death Metal, digo pelas gralhas guturais que guardam na garganta. Será que preciso dizer que os personagens correm contra a morte o tempo todo? Não, acho que não. Aquela fórmula clássica, intercalado com o terror e a tortura de ser um sobrevivente, os que sobram só correm, matam um ou outro vampirinho no machado e no fim sobrevivem, afinal, precisam cumprir seus papéis. Eles não possuem histórias de vida próprias, muitas vezes parece que estão lá apenas para o protagonista não ficar sozinho. Ah, o final é non-sense. Na verdade, metade do filme é non-sense. O que ficou na minha cabeça mesmo foi o manual: Como sobreviver embaixo de uma casa pegando fogo. Pois é, há alguns absurdos sim, mas nada que corrompa o desenrolar da trama (para pessoal da assessoria ficar feliz). Se você gosta de filmes em que o mocinho mata meio mundo, salva a mocinha e tudo acaba num beijo com a câmera se afastando, favor deixar este na prateleira da locadora.